quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que não me mata me fortalece!




O que não me mata me fortalece!



Uma boa música, mesmo estando um tanto quanto ultrapassada, trouxe a ela a tristeza de mil viúvas.

Foi em um segundo que conseguiu ver muito além daquelas paredes frias que a cercavam.

Viu-se em lugares que sabe que jamais conseguira tirar da memória e que jamais lhe trariam as sensações de outrora.

Viu o quanto foi feliz mas também viu o quanto foi infeliz, tentando que, a todo custo , aquele amor vinga-se.

Foi doloroso aceitar que havia fracassado!

As lagrimas tomaram seu rosto e um tremor inundou seu corpo, tragando-lhe para um mar de dor e desilusão tamanho que a fez sufocar.

Sua alma pareceu gritar e ela pôde sentir seu coração sangrando.

Ainda não podia entender como havia se deixado levar, como havia se entregado a ponto de perdoar erros imperdoáveis.

Talvez isso se devesse ao fato de ter encontrado, em todo mundo, a única pessoa capaz de conseguir mentir olhando em seus olhos....o único ser humano capaz de dizer EU TE AMO com a verdade existente apenas na pureza das crianças.

Sentiu-se pequena!

Não podia acreditar em sua falha! Preferiu acreditar na facilidade de enganar do outro e não na inocência de seu erro.

A música já havia mudado ao menos umas três vezes, mas ela sequer havia percebido.

Continuava em seu mundo procurando por respostas. Se perguntou inúmeras vezes quando a dor iria cessar...a ausência de respostas lhe dilacerava!

A lembrança de dores superadas lhe trouxe um sopro de força.

Abraçou seu travesseiro, encolheu-se na cama e antes de dormir reafirmou, em um sussurro, o quanto era forte: O que não me mata me fortalece!

Mesmo sem acreditar realmente no que havia acabado de dizer... enfim, adormeceu.

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